A possibilidade de planos de saúde individuais terem reajustes excepcionais mediante comprovação de desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos é um dos pontos mais contestados à ANS por consumidores, que penam para pagar as operadores e tentar obter um serviço de saúde adequado.
É curioso o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, defender a possibilidade de parcelamento desses reajustes excepcionais, no momento que o órgão coloca em debate um pacote de ações que abre margem para mudanças na política de preços dos serviços.
À Folha de S. Paulo, Rebello diz que esse pacote em discussão não tem como objetivo prejudicar o consumidor. Defendeu ainda a fixação de “ciclos” para que as operadoras possam pedir a revisão técnica. Os “ciclos”, segundo ele, podem chegar a cinco anos. Nesse período, as empresas ficariam impossibilitadas de obter mais de uma revisão em um mesmo contrato.
O fato é que, até o o momento, nenhuma medida efetiva em favor dos usuários de plano de saúde foi tomada. As reclamações só aumentam e falta de assistência é uma realidade em muitas operadoras. Excepcional seria, um dia, um plano de saúde entregar tudo o que promete.
