Guia orienta profissionais da saúde a utilizar inteligência artificial na medicina

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A inteligência artificial (IA) está revolucionando diversas áreas, e a medicina não fica de fora. Com o objetivo de capacitar profissionais da saúde a interagir melhor com essa tecnologia, a Afya, hub de educação médica, em parceria com a Microsoft, lançou um e-book gratuito. O material detalhado visa orientar médicos sobre como maximizar os benefícios da IA, tornando diagnósticos mais precisos e automatizando tarefas rotineiras.

Dividido em cinco partes, o guia é especialmente útil para aqueles com pouco ou nenhum conhecimento prévio em IA. Nas três primeiras seções, são apresentadas explicações sobre o uso de chatbots e a personalização de comandos, utilizando a metodologia FOCO, que ajuda a adaptar as perguntas à IA com base nas necessidades específicas de cada quadro clínico.

Eduardo Lapa, cardiologista e um dos autores do e-book, ressalta que a forma como os médicos interagem com a IA influencia diretamente a eficácia das respostas. “A tecnologia pode poupar tempo com tarefas burocráticas e permitir que o médico se concentre no paciente”, afirma Lapa, destacando o potencial da IA em melhorar diagnósticos e tratamentos.

O último capítulo do e-book aborda como a IA pode ser usada para interpretar dados clínicos e otimizar o tempo dos profissionais, facilitando a busca por referências científicas e a gestão de informações densas. A iniciativa reforça o papel crescente da IA no futuro da medicina.

IA na medicina já é realidade

Diversas pesquisas já utilizaram algoritmos e aprendizado de máquina para ajudar na detecção precoce de doenças. Pesquisadores do Japão, por exemplo, desenvolveram um modelo de IA capaz de prever o risco de infertilidade masculina com até 74% de precisão sem a necessidade da análise de sêmen. A descoberta foi publicada no jornal científico Scientific Reports no final de julho.

Outro estudo, publicado no mesmo mês na revista eClinical Medicine, mostrou que uma ferramenta de IA desenvolvida por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, foi capaz de prever se pessoas com sintomas precoces de demência iriam desenvolver ou não Alzheimer.

No Brasil, algumas iniciativas já utilizam IA em procedimentos médicos. Por exemplo, uma tecnologia chamada OncoSeek permite a detecção e o rastreamento de mais de nove tipos de tumores no estágio inicial.

 

 

*Com informações da CNN Brasil.

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