De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a Bahia ocupa a quarta posição entre os estados brasileiros com maior número de casos de mpox. A doença, antes chamada de “varíola dos macacos”, tem gerado preocupação em várias regiões do país.
O estado já contabilizou 40 pessoas infectadas, sendo que 70% desses casos são de moradores da capital, Salvador, que também aparece como a quarta cidade com o maior número de registros, totalizando 28 pacientes.
O vírus mpox, responsável pela doença, pode ser transmitido de animais silvestres, como roedores infectados, para humanos, além de ocorrer por contato com materiais contaminados e também de pessoa para pessoa.
Surge uma esperança
Neste momento em que a doença se espalha, surge uma esperança de imunização. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (13) que pré-qualificou a vacina contra a mpox produzida pela farmacêutica Bavarian Nordic. Este é o primeiro imunizante contra a doença que passa a integrar a lista de insumos pré-qualificados da entidade.
Na prática, a dose, a partir de agora, pode ser distribuída a países de baixa renda e que enfrentam surtos de mpox por meio de entidades como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês).
“A aprovação da pré-qualificação deve facilitar o acesso ampliado e oportuno a um insumo essencial em comunidades com necessidades urgentes, para reduzir a transmissão e ajudar a conter surtos”, avaliou a OMS em nota.
Para o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a primeira pré-qualificação de uma vacina contra a mpox representa um passo importante no combate à doença, tanto do ponto de vista dos atuais surtos registrados na África como considerando cenários futuros relacionados à doença.
“Precisamos agora intensificar urgentemente a aquisição, as doações e a distribuição, para garantir acesso equitativo às doses onde elas são mais necessárias, juntamente a outras ferramentas de saúde pública, no intuito de prevenir infecções, interromper a transmissão e salvar vidas”, completou.
*Com informações do G1 Bahia e Agência Brasil.