Ginecologista denunciado por 17 pacientes é indiciado por importunação sexual em Salvador

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O ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, de 71 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por importunação sexual. O médico que tem 45 anos de exercício profissional atuava em algumas clínicas em Salvador. Um dos locais de atuação do suspeito foi no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), onde teria ocorrido a maioria dos crimes.

Elziro foi denunciado por 17 pacientes que procuraram a polícia com depoimentos semelhantes, relatando abusos sexuais praticados pelo ginecologista. Segundo os relatos das vítimas, o médico as tocou de forma nada profissional, realizou procedimentos sem luvas e fez questionamentos como “Você quer que eu te masturbe?”, “Você sabe onde é o seu ponto G?” e “Você já fez sexo anal?”.

Segundo Clarisse Aragão, advogada de três vítimas, com o indiciamento, os autos do inquérito policial foram encaminhados para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que tem um prazo para o oferecimento da denúncia à Justiça.

Sobre a possível prisão do suspeito, a advogada afirmou que no atual cenário não cabe a prisão preventiva. “Havendo a denúncia, provavelmente, ele vai responder o processo em liberdade. E aí, sim, só no momento em que o juiz entender e decidir o que acontece. […] Não cabe prisão, pois ele preenche requisitos para responder a esse processo em liberdade, ele não foi preso em flagrante, não houve conversão de prisão em flagrante, ele não fornece risco aparentemente para a sociedade, ele também não está prejudicando as investigações, tem colaborado. Então, por esses motivos, é que não há necessidade de se aplicar uma prisão cautelar”, disse em entrevista à TV Bahia, afiliada à TV Globo.

Os inquéritos foram instaurados na 6ª Delegacia Territorial (DT) de Brotas, mesmo local onde as vítimas prestaram depoimentos acompanhadas de advogados.

Em outras oportunidades, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informou que os processos tramitam em sigilo e se as denúncias forem comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício profissional. O ginecologista, agora indiciado, também já negou as acusações quando  questionado.

Fonte: BNews

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