A saúde é um direito fundamental do ser humano e, no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por garantir assistência gratuita a todos os cidadãos. No entanto, muitas vezes, as pessoas não sabem exatamente onde buscar ajuda e, devido à variedade de unidades e serviços disponíveis, é comum surgirem dúvidas.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Saúde da Família (USF), por exemplo, serve como porta de entrada para o SUS e é onde devem ser resolvidos cerca de 80% dos problemas de saúde de um paciente.
“Nela, você pode receber atendimento médico e de enfermagem, além de outros profissionais como dentistas, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas, etc. Além disso, a UBS oferece serviços como vacinação e atendimentos pré-natal”, afirma o Dr. Jonatas Nunes, médico supervisor da Atenção Primária do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
O recomendado é procurar uma UBS para tratar sintomas comuns, como gripe, dor de garganta, dor de cabeça, tontura, dor abdominal, mal-estar, vômito, conjuntivite, dor de ouvido, dor na coluna, curativos, retirada de pontos cirúrgicos e para renovação de receitas.
Para cuidados de maior complexidade referenciados pela UBS, o paciente deve procurar uma unidade de Atenção Médica Ambulatorial Especializada (AMAE). Nela, o paciente pode consultar médicos especialistas, como cardiologistas, endocrinologistas, nefrologistas, ortopedistas, entre outros.
Agora, quando se apresentam sintomas mais graves, como febre alta e persistente, fraturas e cortes com pouco sangramento, dificuldade em respirar, cólicas renais, crises convulsivas, dores no peito, queda com torção e dor intensa, bronquite, asma, envenenamento, queimaduras leves e reação alérgica, o lugar ideal para buscar ajuda é na unidade de Atendimento Médico Ambulatorial (AMA).
“As AMAs são locais destinados a atendimentos de média complexidade e doenças de base descompensadas ou agudizadas. O seu objetivo é proporcionar assistência e, ao mesmo tempo, evitar uma lotação desnecessária nos prontos-socorros e hospitais”, explica o médico.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por sua vez, é destinada a situações de urgências e emergências de média e alta complexidade, como ataque cardíaco, fraturas expostas, traumatismo craniano, ferimentos por arma de fogo ou branca, queimadura severa, infarto e derrame. “Na UPA, o paciente é avaliado e recebe os primeiros socorros até a estabilização do quadro ou transferência para uma unidade hospitalar”, acrescenta.
Nela, podem ser realizados exames de radiografia, eletrocardiograma e laboratoriais. Além disso, as UPAs disponibilizam atendimentos pediátricos, psiquiátricos e ortopédicos. Inclusive, quando uma pessoa solicita atendimento ao SAMU, é para essa unidade mais próxima que ela é levada.
Por fim, os hospitais devem ser procurados em emergências que requerem internação, cirurgias, acompanhamento cirúrgico, exames mais elaborados, maternidade, exames de imagem e casos mais complexos. Para urgências e emergências, os prontos-socorros são os locais de atendimento imediato à população.
Há PS independente e aqueles localizados dentro de unidades hospitalares. “Os casos de média complexidade podem ser atendidos em qualquer um desses locais. No entanto, situações de alta urgência e emergências de grande complexidade devem ser encaminhadas para um pronto-socorro hospitalar”, indica o Dr. Jonatas.
O que mais é possível ter acesso?
Além do cuidado tradicional com a saúde, o CEJAM, que administra diferentes unidades de saúdes em parceria com o poder público, conta com Serviços de Reabilitação e Fisioterapia, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (CAISM) e Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Outra iniciativa importante são os Consultórios na Rua, que realizam atendimento à população em situação de rua.
As unidades gerenciadas pela Organização contam com sete linhas exclusivas de cuidados à saúde, cada uma delas com equipes multidisciplinares. Essas são focadas em áreas específicas como Saúde da Mulher; Materno Infantil; Saúde Mental; Hipertensão; Diabetes; Obesidade e Cuidados com Idosos. Essas abordagens permitem um atendimento mais personalizado e eficiente para cada grupo de pacientes.