Um em cada cinco jovens brasileiros consome cigarros eletrônicos (ou vape), demonstra uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. O estudo ainda aponta que o equipamento é mais popular entre jovens de 18 a 24 anos e a nicotina causa dependência, servindo como estímulo para cigarros na vida adulta.
Especialistas apontam que o equipamento traz sérios prejuízos às pessoas, e os índices tendem a aumentar por não ocorrer uma regulamentação no Brasil – o cigarro eletrônico é vendido livremente nas ruas – o que indica diversos riscos aos usuários. Criado para reduzir o índice de viciados no cigarro tradicional, em espécie de política de redução de danos, o equipamento acaba trazendo um efeito contrário pela ausência de leis que assistam o público. Isso por que, por serem ilegais, não há controle na entrada no país.
A diferença entre cigarro eletrônico e o convencional é o elemento químico. Os vapes supostamente contém concentrações menores de nicotina, que se encontra no estado líquido. De outro modo, eles apresentam mais de 80 substâncias tóxicas que variam de acordo com o produto. Um dos argumentos para comercializar o vape é que seria um recurso para àqueles que desejam deixar o vício da nicotina, mas que têm dificuldades de interromper o uso abruptamente. Porém, não é o que se tem notado na prática, uma vez que aditivos aromatizantes contém pirazina, substância que reduz os efeitos irritativos desagradáveis da tragada, dificultando ainda mais a cessação do tabagismo.
Vale ressaltar que, além disso, por suas partículas serem mais finas do que os cigarros manufaturados, elas podem alcançar estruturas mais profundas dos pulmões, como os alvéolos, e cair na circulação sistêmica – aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Outra doença ainda pertinente para os usuários é a enfisema pulmonar, doença generativa que causa insuficiência respiratória.
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