Tabu, preconceito ou resistência? Pesquisa aponta que 3 em cada 10 homens nunca fizeram nem pretendem fazer exame de toque retal

Novembro azul

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Três em cada dez homens nunca fizeram nem pretendem fazer o exame de toque retal. É o que revela umestudo do hospital de câncer A.C.Camargo feito em parceria com a Nexus. A mesma pesquisa aponta ainda que 44% dos entrevistados não têm conhecimento sobre prevenção ao câncer de próstata.

Os números merecem atenção, já que, de acordo com a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), no último ano a doença matou, em média, 47 homens por dia no Brasil. O exame de toque é uma das formas de descobrir se o paciente tem ou não o câncer de próstata.

Outro teste usado para rastreio da doença é o PSA, um exame de sangue. De acordo com médicos, os dois devem ser realizados conjuntamente, como complementares.

O acompanhamento para rastreio do câncer de próstata é indicado para homens com mais de 50 anos. Se o indivíduo tem algum histórico da doença na família, deve começar um pouco mais cedo, aos 45 anos.

Dentre os entrevistados mais jovens, com idades entre 16 e 24 anos, 49% disseram que nunca fizeram nem pretendem fazer o exame de toque retal.

A pesquisa apontou também que 60% dos entrevistados entendem que o exame de toque é necessário independentemente de sintomas para câncer de próstata, e 64% dizem que o médico deve ser consultado mesmo que o paciente não apresente sinais da doença.

O levantamento mostrou ainda que mais da metade dos homens entrevistados (53%) diz acreditar que o câncer de próstata é uma doença típica de homens mais velhos. Dos entrevistados para a pesquisa, 44% disseram não ter conhecimento sobre quais são os métodos de prevenção da doença. .

Questionados sobre mitos e verdades em relação ao câncer de próstata,  68% disseram acreditar que homens que tiveram ou têm problemas no órgão tem mais risco de desenvolver disfunção erétil.

O levantamento ouviu 966 homens com idade a partir de 16 anos em todos os estados brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, e o intervalo de confiança é de 95%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 18 e 24 de setembro deste ano.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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