A prefeitura de Guarulhos e profissionais de saúde de Ongs, confirmaram que um grupo de refugiados do Afeganistão, que estão abrigados há meses no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, foram diagnosticados com escabiose, ou conhecida popularmente como sarna. O surto foi identificado em ao menos 20 pessoas do grupo.
A sarna é uma doença altamente infecciosa causada pelo ácaro parasita Sarcoptes scabiei, que pode ser transmitido pelo contato com uma pessoa infectada ou por meio de roupas contaminadas. Ela pode atingir, principalmente, quem não mantém bons hábitos de higiene, o que inclui não trocar de roupas com frequência.
A fêmea do ácaro penetra na pele humana e cava uma espécie de túnel, chamada pelos profissionais de “trajeto linear”, pouco elevado da cor da pele que causa coceira. Neste túnel, ela deposita ovos e as larvas, após se liberarem, retornam à superfície, podendo infectar outras pessoas.
Quem precisa sair do seu país por questões relacionadas a violações de direitos humanos, conflitos armados ou perseguições, podem estar em condições precárias ou em ambientes insalubres, o que aumenta o risco de transmissão.
Além da coceira persistem, que costuma piorar à noite, a sarna também pode se manifestar através de bolinhas vermelhas no corpo, inchaço, crosta nas dobras, como abaixo das mamas, virilhas, dedos dos pés, mãos, axilas e escoriações.
Para evitar o contágio, é importante não compartilhar o uso de roupas pessoais com outras pessoas, ou roupas de cama e toalhas de higiene intima. Se estiver com sintomas, evite ir a aglomerações, evitar ambientes insalubres e garantir condições adequadas de estadia e moradia.
As indicações de tratamento vão desde pomadas ou sabonetes com formulações que sejam capazes de eliminar o ácaro e os ovos do ácaro a medicamentos orais que podem ser recomendados aos pacientes por um médico.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Guarulhos informou que os afegãos identificados com a doença receberam atendimento no aeroporto, com prescrição de medicamentos para o tratamento da doença.
Fonte: O Globo / Imagem: Google
