Solidão, um inimigo invisível

cOMPARTILHE:

A solidão deixou de ser apenas um sentimento passageiro para se consolidar como um problema de saúde pública global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o isolamento social esteja associado a cerca de 871 mil mortes por ano, aproximadamente 100 por hora. O dado é alarmante e reforça um debate urgente: até que ponto estamos preparados, como sociedade, para enfrentar esse inimigo invisível?

No Brasil, o Setembro Amarelo se tornou símbolo da luta pela prevenção do suicídio e pela valorização da vida. A cada ano, campanhas ganham visibilidade, mas os números continuam elevados: foram 16 mil mortes por suicídio em 2023, segundo o Ministério da Saúde, colocando o país entre os dez que mais registram casos no mundo. Parte dessa tragédia pode ser explicada pelo avanço silencioso da solidão — fenômeno que afeta jovens, idosos e adultos igualmente, em um país marcado por desigualdades e redes de apoio cada vez mais fragilizadas.

Ignorar essa realidade é perigoso. A solidão não mata apenas por meio do suicídio: ela aumenta o risco de doenças cardíacas, derrames e depressão. Estamos diante de um fator de risco tão sério quanto tabagismo e obesidade, mas ainda tratado com descaso pelas políticas públicas.

Comente:

Deixe um comentário

# Últimas notícias

Utilize nosso formulário para fazer sua denúncia.

Você também poderá entrar em contato acessando nossos canais.

Este site utiliza cookies para melhorar a experiência dos usuários. Ao acessar nosso site você concorda com nossas políticas de privacidade.