O sedentarismo é uma ameaça à vida, muitas vezes confundido com preguiça. A falta de atividade física atrapalha a saúde das pessoas ao impedir que tenham um estilo de vida saudável. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% dos brasileiros são sedentários. Já entre os jovens o número é maior e ainda mais alarmante: 84%. A fim de evidenciar a importância de manter o olhar sobre o tema, 10 de março é o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo.
Por definição, a OMS considera sedentários adultos entre 18 e 60 anos, quando esses não realizam ao menos 150 minutos semanais, ou seja, 30 minutos, cinco vezes por semana, de atividade física de leve a moderada. É considerada sedentária a pessoa que se mantém muito tempo inativa, sem praticar exercícios físicos, e ainda aquelas que, apesar de realizarem algumas atividades durante o dia, como se locomover e trabalhar, não dediquem um período à prática de alguma modalidade esportiva ou treino em geral.
Quanto aos mais novos, a questão não é diferente. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que, anteriormente à pandemia, 67,8% das crianças participavam de atividades físicas pelo menos duas vezes por semana. No entanto, nos primeiros trinta dias de isolamento, esse índice despencou para 9,77%.
Os resultados são motivo de preocupação entre os especialistas, uma vez que o sedentarismo infantil pode acarretar implicações significativas para a saúde das crianças. Além do aumento da incidência de obesidade, a ausência de atividade física pode influenciar negativamente a qualidade do sono, prejudicar o desempenho acadêmico, resultar em fadiga excessiva e contribuir para a perda de força muscular.