Nesta semana, duas ações que envolvem religião e saúde devem fazer parte da pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros terão que definir se a crença religiosa permite à pessoa exigir determinado procedimento cirúrgico e se a liberdade religiosa justifica o pagamento de um tratamento de saúde diferenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Trata-se de um assunto bem delicado e que requer uma análise minuciosa dos diferentes argumentos e pontos de vista. Nessa situação, o maior desafio será encontrar um meio-termo entre o direito do paciente de seguir uma determinada crença e o dever médico de garantir o tratamento adequado à sua saúde.
Será uma tarefa nada fácil para os ministros do STF. Afinal, ao mesmo tempo em que o Estado deve reconhecer o valor das crenças individuais, a saúde humana deve ser prioridade, pois transcende escolhas pessoais.