O SUS vai oferecer, a partir de fevereiro de 2026, atendimento de saúde mental por telemedicina para pessoas que desenvolvem compulsão por apostas, as chamadas “bets”.
A medida faz parte de um acordo de cooperação técnica assinado pelos Ministério da Saúde e Ministério da Fazenda com o intuito de prevenir e tratar os efeitos nocivos do vício em jogos de aposta, que têm causado prejuízos financeiros e impactos à saúde mental de muitos brasileiros.
Entre as ferramentas previstas está também uma plataforma de autoexclusão, que permitirá ao apostador solicitar bloqueio dos sites de apostas — além de tornar seu CPF indisponível para novos cadastros ou para publicidade dessas empresas.
Além do teleatendimento, o SUS vai disponibilizar a Observatório Brasil Saúde e Apostas Eletrônicas, um canal permanente de cooperação entre os ministérios para monitorar padrões de dependência, e a Linha de Cuidado para Pessoas com Problemas Relacionados a Jogos de Apostas, com orientações clínicas e encaminhamentos, tanto presenciais quanto online.
Os dados que motivaram a iniciativa mostram que os atendimentos por compulsão a apostas no SUS têm crescido nos últimos anos: foram 2.262 casos em 2023, 3.490 em 2024 e já 1.951 somente no primeiro semestre de 2025.




