Precariedade da saúde mental é o principal problema que acomete professores

Professores triste

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A situação da saúde mental dos professores no Brasil não é satisfatória, é o que afirma o livro “Precarização, Adoecimento & Caminhos para a Mudança. Trabalho e Saúde dos Professores”, através de uma grande pesquisa efetivada no país, evidenciando que a síndrome de burnout, estresse e depressão afetam grande parte dos trabalhadores.

O estudo revela que tanto na rede pública quanto na rede privada, os professores enfrentam uma série de problemas de saúde, com uma prevalência notável de problemas de ordem mental e, além disso, sofrem com distúrbios relacionados à voz e problemas osteomusculares, tais como lesões em músculos, tendões e articulações. Os problemas se assemelham a algumas profissões, como os médicos, onde 62% tiveram sintomas de síndrome de esgotamento profissional ou receberam o diagnóstico de algum distúrbio psicológico – segundo a pesquisa Saúde Mental do Médico” realizada em 2022.

Ainda no contexto docente, a exaustão mental provocada pela profissão é um sentimento amplamente difundido entre diversos professores. De acordo com a pesquisa “Saúde Mental dos Educadores 2022” conduzida pela Nova Escola, aproximadamente 21,5% dos professores classificam sua saúde mental como “ruim” ou “péssima”. Esta pesquisa envolveu 5 mil profissionais da área educacional de todo o Brasil, sendo que 84,6% deles trabalham na rede pública e 39,7% atuam como professores nos anos iniciais: os profissionais de diferentes redes enfrentam os mesmos problemas.

O relatório ainda confirma que apenas 7,1% dos profissionais contam com apoio médico e psicológico para enfrentar seus problemas, uma vez que o tratamento requer maior investimento mensal – desproporcional ao salário recebido. Já 70% não têm nenhum tipo de suporte. No entanto, houve um breve aumento na proporção de educadores que relatou ter alguma rede de apoio da própria escola com relação à pesquisa de 2021: 36,5% em 2022 e 1,9% no ano retrasado.

Entre os diversos problemas encontrados, as salas de aula precárias, escassez de recursos para apoiar os estudantes de inclusão, falta de reconhecimento e de oportunidades de progresso na carreira são os fatores mais recorrentes, confirma outra pesquisa realizada pelo Brasil de Fato Paraná.

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