A nova versão da Norma Regulamentadora 1(NR-1) passou a vigorar em maio deste ano. Contudo, o governo concedeu um período de adaptação até maio de 2026, durante o qual as inspeções terão caráter educativo e sem aplicação imediata de penalidades.
Segundo a CEO do Instituto Catalizes, Gabriela Macêdo, o impacto para as empresas é predominantemente positivo e estratégico, mas exige um esforço inicial de adaptação, especialmente para as pequenas e médias empresas (PMEs).
“O principal impacto é a obrigatoriedade de enxergar a saúde mental como um risco ocupacional formalmente gerenciável, assim como os riscos físicos (ruído, calor) e ergonômicos. Isso força a transição de uma postura puramente reativa (lidar com a doença ou o acidente após ocorrer) para uma postura proativa e preventiva (identificar as fontes de estresse, assédio, e desgaste antes que causem adoecimento), afirma Macêdo.
A inclusão dos riscos psicossociais do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é um reconhecimento legal de que o ambiente e a organização do trabalho podem ser fontes de adoecimento mental. “O trabalhador, ao sentir-se esgotado ou sob pressão, passa a ter um respaldo legal para apontar que os riscos psicossociais não estão sendo devidamente gerenciados, transformando o “cuidado” em um item de conformidade legal, reforça Gabriela.
A norma sozinha não cura o burnout, por exemplo. A verdadeira preservação virá quando a alta direção entender que a saúde mental é um ativo e não um custo, conclui Macêdo.




