Resultado negativo reflete crise de Planos de Saúde

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O cidadão anda esgotado com tantas queixas e insatisfações sobre prestação de serviço de Saúde pública e privada no Brasil. Houve uma migração de usuários atendidos pela medicina suplementar para o SUS, visto que os Planos de Saúde, que devem ser regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), estão ditando as regras do jogo. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor- Idec, nos últimos cinco anos, mais de 80% dos consumidores viram o valor de seus planos coletivos aumentarem bem mais que os planos individuais.

Mas mesmo assim, as operadoras de planos de saúde apresentaram mais um resultado operacional negativo, de R$ -2,7 bilhões, o ano de 2023 registrou, até o momento, um prejuízo operacional de R$ -4,3 bilhões, se somado ao resultado do primeiro trimestre, de R$ -1,7 bilhão, segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Esta situação é agravada pelo fato de que o setor acumula, desde 2021, oito trimestres de déficit operacional, resultando em um prejuízo acumulado ao longo desse período que supera a marca de R$ -18,7 bilhões. (contados a partir do 1º resultado operacional negativo – 2º tri/21)

“A saúde suplementar está vivendo o seu momento mais crítico desde a sua regulação, em 1998. Os planos de saúde são a porta de entrada para 50,8 milhões de brasileiros acessarem hospitais, laboratórios e médicos da rede privada, aliviando assim a sobrecarga do SUS. Esse cenário contínuo de prejuízo operacional coloca em risco o equilíbrio do sistema”, afirma Vera Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde – FenaSaúde.

A FenaSaúde reforça a importância de uma reflexão conjunta da sociedade, com especial atenção das esferas governamentais – Executivo, Legislativo e Judiciário – sobre a urgência da situação. Decisões equivocadas tomadas recentemente nessas instâncias têm desempenhado um papel significativo no agravamento da atual crise. É fundamental reiterar que a ausência de um sistema de saúde suplementar eficiente impactaria negativamente mais de 50 milhões de cidadãos, milhares de instituições hospitalares e até mesmo o SUS.

Com o SUS com limitações de recursos e a Saúde Suplementar em déficit operacional urge dizer que é preciso encontrar um equilíbrio para gerir o Sistema de Saúde no Brasil, porque no final a corda parte sempre para o lado mais fraco, ou seja, o consumidor, classe média, que vai pagar a conta.

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