Um novo estudo publicado na revista The Lancet destaca uma grave ameaça à saúde pública mundial: o aumento da resistência bacteriana a antibióticos. A pesquisa, conduzida pela colaboração internacional GBD – Antimicrobial Resistance Collaborators, aponta que, até 2050, as infecções causadas por bactérias resistentes poderão provocar cerca de 1,91 milhão de mortes anuais, com maior impacto previsto para a América Latina e Caribe.
O levantamento, que analisou dados de hospitalizações, consumo de antibióticos e perfis de resistência de 22 tipos de bactérias, revela que o envelhecimento da população mundial contribui para o crescimento do problema, já que pessoas mais velhas são mais suscetíveis a infecções e complicações.
O estudo projeta diferentes cenários para o futuro da resistência antimicrobiana. Caso não haja avanços significativos, a tendência é que as mortes continuem aumentando. No entanto, o desenvolvimento de novos medicamentos, políticas de vacinação e o uso racional de antibióticos podem reduzir significativamente os óbitos, salvando até 92 milhões de vidas, segundo o cenário mais otimista.
Especialistas destacam a necessidade urgente de ações coordenadas para controlar essa crise silenciosa e evitar que a resistência a antibióticos se torne uma crise ainda maior para a saúde global.




