O levantamento conduzido pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) em junho de 2022 revelou que 59% das mulheres no Brasil já experimentaram vaginose bacteriana ou candidíase pelo menos uma vez em suas vidas.
Além disso, 13% das participantes afirmaram não conseguir distinguir um corrimento normal de um causado por uma infecção. No grupo de mulheres entre 16 e 25 anos, 19% delas expressaram a dúvida mais frequente sobre como diferenciar os diversos tipos de corrimento. A candidíase é uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida, comumente o Candida albicans. Este fungo está naturalmente presente no corpo humano, especialmente na boca, intestinos, e na região genital feminina. Sob condições normais, a Candida coexiste com outras bactérias e microorganismos, sem causar problemas. No entanto, certos fatores podem levar ao desequilíbrio desse ecossistema, resultando na proliferação descontrolada da Candida e, consequentemente, em infecções.
Já a vaginose bacteriana é uma condição caracterizada pelo desequilíbrio na flora vaginal, resultando no aumento desproporcional de certas bactérias na vagina, em detrimento das bactérias benéficas que normalmente aí habitam. A causa exata da vaginose bacteriana não é totalmente compreendida, mas está associada a uma perturbação no equilíbrio natural da flora vaginal. Essa condição é frequentemente desencadeada pela proliferação excessiva de bactérias anaeróbias, como a Gardnerella vaginalis, em comparação com as bactérias saudáveis, como os lactobacilos, que desempenham o papel de manter o pH ácido da vagina e prevenir o crescimento excessivo de bactérias prejudiciais.
A pesquisa envolveu a participação de 2 mil mulheres, abrangendo todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. As participantes tinham idades entre 16 e 60 anos, pertenciam às classes A, B e C, e a margem de erro foi de 2 pontos percentuais, considerando um nível de confiança de 95%.
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