Quase 3 mil denúncias contra pessoas ou estabelecimentos que prestaram atendimentos ou procedimentos oftalmológicos de forma irregular foram registradas no Brasil desde 2017, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
O conselho alerta para o aumento de casos envolvendo atendimentos realizados por pessoas sem formação em medicina, muitas vezes em óticas e estabelecimentos comerciais. Entre janeiro de 2017 e junho de 2025, foram contabilizadas 2.950 representações por ações ilegais, incluindo exames, diagnósticos de doenças e prescrição de lentes por não médicos. No primeiro semestre de 2025, já foram registradas 142 denúncias.
Em nota, o CBO classificou a prática como um risco à saúde pública e reforçou a importância de que a população busque atendimento apenas com médicos oftalmologistas. Segundo a entidade, exames oftalmológicos devem ser realizados por profissionais registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) e com o Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
Além disso, os locais de atendimento precisam cumprir as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), incluindo estrutura física adequada, equipamentos regulamentados e condições sanitárias apropriadas. De acordo com o CBO, essas normas garantem segurança, eficiência e conformidade aos cuidados com a saúde ocular — requisitos que não são seguidos por alguns estabelecimentos comerciais.




