Desenvolvido para hospitais com alas pediátricas e que recebem crianças em situação de doenças crônicas e de atendimento ambulatorial, o projeto Laboratório Encantado percorrerá hospitais em cinco cidades do País, incluindo Salvador, de setembro a novembro, com capacidade para atender 300 pacientes por instituição. Esta é a segunda edição do projeto criado pela empresa Mina Cultural, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, que retorna à Bahia, agora com patrocínio da Air Liquide, após ter atuado em Feira de Santana e em outras cidades brasileiras no ano passado.
Desta vez, o projeto ficará cinco dias em Salvador, de 02 a 06 de setembro, no Hospital Infantil Obras Sociais Irmã Dulce e tem a ciência como o fio condutor em todas as atividades. Entre elas, o espetáculo teatral “Laboratório Encantado”, que mostra um laboratório de ciências em um local mágico, encenado pela Companhia Pia Fraus de Teatro, reconhecida por já ter se apresentado nos principais festivais de teatro do mundo e por prêmios nacionais e internacionais. Para atender crianças em estado clínico mais delicado, a peça pode ser desmembrada em esquetes com tipos de humor e de interação diferentes.
Já no ciclo de oficinas com linguagem teatral, uma por dia, as crianças são estimuladas a confeccionar dinossauros articulados, máscaras, varal com sistema solar, teatro de sombras com animais marinhos, entre outras curiosidades.
Dois carrinhos cenográficos com elementos da ciência e do universo infantil circulam em áreas da pediatria indicadas pelo hospital. A música faz parte de todas as intervenções e pode ser também a protagonista quando a criança não tiver condição de interagir, como acontece em Centros de Terapia Intensiva.
O projeto deixa para cada criança o Kit Ciência com o objetivo de prolongar a sua experiência, após receber alta ou mesmo permanecendo no ambiente hospitalar. O kit inclui uma mochila contendo o livro “Laboratório Encantado”, produzido para a ação pela Editora Evoluir, com a história da peça, ilustrações, o passo a passo para reproduzir os aprendizados das oficinas, além de materiais como lupa, lanterna, tesoura, adesivos, papeis coloridos, canetinhas, giz de cera, entre outros.
“Nosso projeto é destinado a hospitais públicos ou que têm atendimento do SUS, receptores de uma população que nem sempre tem acesso a atividade cultural. Muitas dessas crianças internadas assistem a uma peça teatral pela primeira vez, e são estimuladas nas oficinas à criatividade, cognição e leitura, o que pode contribuir para a abertura de um universo potente, além de humanizar o período de tratamento”, afirma a produtora executiva da Mina Cultural, Maysa Lepique.
Fotos/crédito: Ligia Jardim
