Em meio aos desafios enfrentados pelo sistema de saúde, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) tem se deparado com um problema crescente ao longo dos meses: a falta de anestesiologistas. A escassez dos profissionais, responsáveis por administrar anestesia durante procedimentos médicos, tem gerado mobilizações significativas por pacientes que precisam realizar procedimentos – levantando o debate nas redes sociais e denunciando o impacto na prestação de serviços no cotidiano.
Segundo denúncias, cirurgias eletivas que normalmente seguem um calendário programado estão enfrentando atrasos expressivos devido à falta dos profissionais essenciais na execução. Pacientes que aguardam procedimentos planejados estão experimentando prolongamentos nos prazos, gerando desconforto e ansiedade. Diante aos casos, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) se manifestou para abordar o que de fato acontece na unidade médica e destacar que no setor de urgência e emergência tudo funciona como previsto. Acompanhe a nota completa a seguir.
“A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) vem trabalhando para ampliar o número de anestesiologistas em unidades de saúde do Estado e melhor prover assistência à população. Para isso, foi ampliado o valor da remuneração dos anestesiologistas de plantão nos maiores hospitais da rede estadual, incluindo o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS).
Desde o início de 2023, a remuneração por plantão de 12 horas teve um incremento de 35,9%, alcançando R$ 2.650,00. Também foi aberto credenciamento para contratação de novos profissionais. Como efeito imediato, o HGRS duplicou o total de procedimentos cirúrgicos mensais, passando de cerca de 300 para aproximadamente 600 cirurgias.
Não obstante, ressaltamos que nenhuma cirurgia de urgência e emergência deixou de ser realizada por falta de anestesiologistas.
Contexto nacional
Há escassez de anestesiologistas em todo o Brasil, sendo pauta constante no Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Infelizmente, o quantitativo de especialistas não acompanhou a expansão dos serviços públicos e o aumento da complexidade dos procedimentos. Adicionalmente, com a chegada de grandes grupos empresariais do segmento de saúde no estado, o mercado ficou aquecido e mais competitivo.”
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