A campanha da OMS, lançada nesta segunda-feira (07), vem como um chamado à ação: investir na saúde materna é salvar vidas, proteger famílias e construir um futuro mais justo para todos.
Morrer de parto em pleno século XXI é um retrato cruel das desigualdades que ainda estruturam nosso sistema de saúde. Com todos os avanços científicos e tecnológicos, é inaceitável que mulheres continuem morrendo por causas evitáveis, muitas vezes por falta de acesso ao pré-natal adequado, negligência hospitalar ou demora no atendimento. A maioria dessas mortes atinge mulheres negras, pobres e periféricas — vítimas do racismo estrutural e da omissão institucional. Falhar com uma gestante é falhar com toda a sociedade.
A maioria das mortes maternas são preveníveis. Enquanto continuarmos tratando essas tragédias como estatísticas aceitáveis, o século XXI continuará manchado pela morte das que geram a vida.