Numanice: “Campanha de Ludmilla salvou o mês de julho”, diz diretor do Hemorio

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Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas e até 8 mil pessoas poderão ser beneficiadas pela campanha realizada pelo Hemorio e o Numanice, projeto de pagode de Ludmilla. Na última terça-feira (4), a cantora anunciou que quem doasse sangue entre os dias 5 e 7 de julho, ganharia um ingresso para o show. O “Numanice tá no Sangue” bateu recordes e, em apenas três dias, bateu a média semanal do Hemorio.

Com mais de 1.600 doações em três dias, Luiz Amorim, diretor-geral do Hemorio, acredita que a campanha de Ludmilla foi uma ótima maneira de atrair os jovens, faixa etária que menos doa sangue.

— A campanha salvou o mês de julho, que costuma ser caído, mas ainda assim, essas doações vão durar no máximo duas semanas. Precisamos de mais iniciativas como essa para conscientizar as pessoas . Sangue é algo insubstituível, por isso nossa demanda é contínua — afirma Amorim, que espera absorver o jovens que decidiram doar sangue para ganhar um ingresso para o Numanice. — Ficamos muito felizes, torcendo para que isso vire um hábito.

Rafaela Henrique, de 24 anos, conta que nunca havia doado sangue, mas que já tinha vontade. Para ela, a campanha foi um incentivo a mais e iniciativas como essa deveriam ser realizadas por outros eventos.

— Eu achei muito maneiro, a gente vê como é fácil doar. Todo mundo ganha porque, além de oferecer um show para o qual muitas vezes as pessoas não têm condições financeiras, diminui o problema da escassez de doações. Por mim, campanhas assim poderiam virar moda.

Juliana Machado, de 34 anos, é muito fã de Ludmilla e vai realizar o sonho de ir ao Numanice por conta da campanha. Ela conta que já havia doado antes, mas o chamado da cantora foi um incentivo a mais. Com seu ingresso garantido, deixou o Hemorio pensando no look que usará no show.

Andreia Mendonça, gerente de Enfermagem e Hemoterapia do Hemorio, conta que foi gratificante o que aconteceu nesses três dias.

— Para quem veio doar muito obrigada, de coração, a cada um que fez sacrifício, que dormiu na fila. Temos muitos pacientes precisando, a conta não fecha; É sempre muito mais transfusão do que doação. A gente só tem a agradecer a toda essa galera que veio aí; estamos abertos para a próxima.

Como foi a campanha Numanice tá no Sangue
Na campanha de Ludmilla, os ingressos trocados por doação de sangue são individuais e intransferíveis. O diretor do Hemorio explica que essa era um requisito da instituição para que não houvesse venda nem remuneração indireta com a campanha, o que é proibido por lei.

Ludmilla, que já foi embaixadora do Hemorio em 2021, contou que a ação foi possível graças ao tamanho do evento que acontecerá no Estádio do Engenhão. Ela diz que essa edição do Numanice será a maior que já fez.

“O ‘Numanice’ me proporcionou muito mais do que eu esperava, e eu gostaria de devolver de alguma forma essas coisas boas. Vi, mais uma vez, nesta campanha uma maneira de retribuir. A causa é nobre demais, há muitas pessoas aguardando nas filas e, junto delas, famílias inteiras na expectativa por bancos de sangue que estão quase sempre vazios. Eu mesma conheço pessoas que precisaram e que precisam. Iniciativas assim são necessárias e bem-vindas para mudar esse cenário”, afirmou a cantora.

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