No Dia Nacional do Homem, urologista destaca importância da reposição hormonal para este grupo

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Grande parte dos homens têm dificuldade para conversar abertamente sobre questões de saúde, mesmo quando o vigor físico e o desejo sexual diminuem com o passar do tempo. Por isso, hoje no do Dia Nacional do Homem (15/07), se busca reforçar o alerta para os cuidados com a saúde masculina, incluindo a discussão sobre a importância de terapias como a de reposição hormonal para compensar a deficiência de produção de testosterona por conta do avanço da idade.

Segundo o urologista Dr. Gabriel Atta, que possui atuação em reprodução humana, terapia hormonal e disfunções sexuais, os homens devem começar a acompanhar a função hormonal desde o início da puberdade, para que o acompanhamento seja feito de maneira adequada e se preserve a função hormonal do indivíduo, evitando que ela entre em falência. “É importante fazer isso desde cedo. A proposta é não esperar os sintomas chegarem, porque, quando isso ocorre, por volta dos 30, 40 anos, os efeitos já se consolidaram”, aponta o especialista.

Dr. Atta explica que a quantidade de testosterona no corpo pode variar de indivíduo para indivíduo, no entanto a estimativa é que o número de partida desse hormônio varie entre 600 e 800 nanogramas por decilitro (essa variação considera que existem oito diferentes formas de medir a testosterona sérica). O hipogonadismo representa a queda de testosterona, hormônio responsável por desempenhar funções importantes no corpo masculino, como o desenvolvimento do pênis e dos testículos, o aumento da libido e o aparecimento de pelos.

Essa diminuição na produção da testosterona provoca os seguintes efeitos no homem: perda de massa óssea e aumento do risco de fraturas; perda de força e diminuição da massa muscular; Aumento da massa gordurosa; Redução da fertilidade; Fadiga; Aumento da resistência à insulina e do risco de diabetes; Depressão e Comprometimento das funções cognitivas, aumento da morbimortalidade, agravamento de doenças pré-existentes e diminuição da expectativa e da qualidade de vida. O diagnóstico para detectar se existe a diminuição de testosterona é realizado através de exames de sangue, em que se avalia a dosagem da testosterona total.

A terapia de reposição hormonal pode ser muito bem indicada nesses casos, defende o urologista. “Quando o testículo não está funcionando bem, por exemplo, é que chegamos para ajudar com os implantes hormonais e com outras táticas desenvolvidas”, aponta.
A forma de tratamento mais utilizada para os casos de hipogonadismo é a terapia de reposição hormonal com testosterona, que tem como objetivo reestabelecer os níveis do hormônio masculino e diminuir os sintomas desta deficiência.

A quantidade de testosterona a ser reposta no organismo será realizada individualmente, ou seja, é algo que será determinado de caso a caso, sendo possível determinar apenas com o acompanhamento do paciente. “Eu acompanho pacientes com 4.700 de testosterona, enquanto a estimativa é entre 600 e 800. Ao mesmo tempo, não podemos deixar o paciente com menos de 300, mesmo que esteja assintomático, porque estudos indicam que isso pode aumentar a mortalidade”, explica Dr. Gabriel Atta.

Reposição hormonal para ganho de massa muscular – A testosterona também é o hormônio central na regulação da massa muscular, libido e o bem-estar. De acordo com o especialista, a reposição hormonal pode auxiliar também no ganho de massa muscular e para combater a sarcopenia, síndrome caracterizada pela perda progressiva da massa muscular associada à perda da força muscular e redução do desempenho físico.

“A sarcopenia envolve o aspecto médico e o estético. As pessoas sonham em ser musculosas, ter um corpo musculoso com pouca gordura, mas também é um problema médico associado a muitas condições clínicas, que nos fazem perder peso e massa muscular. Muitos pacientes que nos procuram querem tratar esse problema, pois querem aumentar os músculos. Claro que há fatores importantes, como a atividade física, mas existem vários tratamentos hormonais que podem aumentar a massa muscular, tratar o problema e conduzir até a hipertrofia muscular”, salienta o urologista.

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