Uma questão fundamental na luta contra o câncer é a autoestima das mulheres que enfrentaram a perda das mamas devido ao câncer de mama. Muitas mulheres que passaram por uma mastectomia enfrentam desafios profundos em relação à sua autoimagem e confiança pessoal. A perda das mamas pode gerar sentimentos de inadequação, baixa autoestima e até mesmo depressão.
Estimativas preveem que entre 2023 e 2025, a incidência deve ser de 704 mil casos registrados a cada ano. Na Bahia, o número anual é de 38.840, que totalizam mais 116 mil ocorrências. A previsão para cada 100 mil habitantes no estado é de 4,2 mil diagnósticos de câncer de mama e 6,5 mil ocorrências de câncer de próstata, também a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
É fundamental destacar iniciativas que visam não apenas a recuperação física, mas também o bem-estar mental dessas mulheres. “Essa batalha não se resume apenas à cura física, mas também envolve aspectos emocionais e psicológicos que impactam significativamente a vida das pacientes”, destaca o médico cirurgião Diego Gonzalez.
Especialistas ressaltam a importância do apoio psicológico e orientações específicas para ajudar pacientes a lidar com as questões relacionadas à sua imagem corporal após a cirurgia. “Terapias, grupos de apoio e programas de reabilitação estética são algumas alternativas disponíveis para auxiliar nesse processo de reconstrução da autoestima”, afirma o cirurgião plástico Alexandre Lopes.
A aceitação e o amor próprio são elementos-chave nessa jornada. Muitas mulheres encontram força e inspiração ao compartilhar suas experiências e ao se conectar com outras mulheres que superaram a doença. O empoderamento feminino e a valorização da beleza singular e natural ganham cada vez mais espaço nesse contexto.
Além das iniciativas voltadas para o aspecto emocional, avanços na medicina estética e na reconstrução mamária também têm contribuído para proporcionar às mulheres opções mais amplas e personalizadas de recuperação da autoestima, explica o cirurgião Haroldo Sampaio. Novas técnicas cirúrgicas, próteses e tratamentos estéticos têm permitido resultados cada vez mais naturais e satisfatórios para as pacientes.
“Neste momento, é essencial lembrar não apenas dos desafios enfrentados, mas também das conquistas e da resiliência das mulheres que superaram a perda das mamas. A jornada de reconstrução da autoestima é um processo contínuo, marcado por momentos de dificuldade e superação, mas também por descobertas, aprendizados e, acima de tudo, amor próprio e valorização da vida”, finaliza o médico Alexandre Lopes.