Quem pratica diz que vale a pena aguentar alguns minutos imersos em água gelada. É o que pessoas do mundo todo, inclusive celebridades, têm compartilhado e repercutido nas redes sociais.
As publicações sobre banhos gelados somam milhões de visualizações na internet. Em vídeos, praticantes utilizam banheiras, piscinas e até lagos congelados para garantir a experiência do banho ou mergulho.
A modelo norte-americana Hailey Bieber publicou um momento da prática em seu perfil no TikTok. “O mergulho frio me ajuda muito com a ansiedade e com o meu humor em geral”, diz a modelo na legenda do vídeo em que faz o banho em uma pequena piscina.
Nos comentários das publicações que viralizaram nas redes sociais, alguns internautas questionam os praticantes sobre os benefícios da prática.
O médico e neurologista Cristiano Duarte Augusto afirma que os banhos gelados podem ser considerados medidas não medicamentosas aos pacientes que sofrem de ansiedade e insônia, quadros muito associados ao estresse. “Alguns minutos de banho gelado colaboram para a liberação de endorfina no cérebro, amenizando os altos níveis de cortisol do organismo”, alega o especialista.
Cristiano diz, também, que há benefícios na diminuição do processo inflamatório muscular. Esta informação é complementada por Denis Zorzan, fisioterapeuta, que explica sobre a Crioterapia, termo científico para a prática de banhos gelados, conhecida entre atletas.
“Basicamente, esta prática ajuda a acelerar o processo de reparação do corpo, estimulando o movimento do sangue e do oxigênio, para que haja a recuperação do tecido muscular”, informa o profissional, orientando a execução do método sempre com aconselhamento médico.
Outros estudos indicam que o ideal é manter a temperatura da água para o banho gelado próxima aos 4ºC, com a permanência do corpo imerso por, aproximadamente, 3 ou 4 minutos. Isto porque a queda da temperatura corporal, quando abaixo dos 35ºC, faz com que o organismo perca calor, comprometendo as funções metabólicas e levando à hipotermia, uma consequência que pode ser letal.
Fonte: CNN / Imagem: Google