O aumento dos casos de sarampo nas Américas levou o Ministério da Saúde a antecipar a vacinação de bebês entre 6 e 11 meses com a chamada dose zero da vacina tríplice viral. A medida já está em vigor em regiões com maior risco de reintrodução do vírus no país.
Com base em estudos técnicos, a pasta mapeou áreas mais vulneráveis, onde o vírus pode circular com maior facilidade. Estão na lista:
-
Todos os municípios de Roraima e Amapá
-
Regiões metropolitanas de Belém (PA) e São Paulo (SP)
-
Locais com grande movimentação, como Pará, Campinas e Baixada Santista (SP)
-
Cidades fronteiriças ou turísticas nos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
Essas regiões já iniciaram a imunização dos pequenos, com base na recomendação federal. Enquanto as vacinas de rotina são aplicadas aos 12 e 15 meses, essa nova etapa visa criar uma barreira precoce de proteção. A chamada dose zero é aplicada antes do calendário tradicional, funcionando como reforço em momentos de risco elevado.
Quem mora nas regiões contempladas pela medida deve procurar o posto de saúde mais próximo com o cartão de vacinação da criança em mãos. A dose é gratuita, rápida e segura. Mesmo com a aplicação da dose zero, não se deve adiar ou deixar de aplicar as vacinas regulares previstas no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Apenas com o esquema completo a proteção será efetiva.
Nos primeiros meses de 2025, mais de 2.300 casos de sarampo foram registrados nas Américas, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Embora o Brasil ainda não enfrente surtos ativos, a possibilidade de casos importados reacende o alerta para a baixa cobertura vacinal.
O sarampo, mesmo sendo uma doença prevenível, pode se espalhar com rapidez em populações desprotegidas. A queda na adesão às vacinas infantis desde a pandemia é vista como fator de risco para novos focos.




