Com o aumento contínuo da expectativa de vida e o envelhecimento da população, garantir que os anos vividos sejam acompanhados de qualidade, autonomia e segurança tornou-se um imperativo social e de saúde pública.
“Uma mente ativa, lúcida e cheia de projetos em um corpo que já não responde com a mesma agilidade e segurança é um ponto muito importante a ser abordado com o idoso”, alerta o ortopedista Marcos Lopes.
Segundo dados do Ministério da Saúde, somente nos quatro primeiros meses de 2025, cerca de 62 mil internações de idosos por quedas foram registradas no Brasil. O número evidencia um problema silencioso, mas de grande impacto. “Uma queda pode significar uma fratura grave, uma internação prolongada, perda de funcionalidade, dependência e até risco de vida, especialmente quando atinge ossos-chave, como o fêmur ou o quadril”, reforça o ortopedista.
As quedas são responsáveis por cerca de 90% das fraturas de fêmur entre pessoas idosas. Por isso, é essencial estar atento aos fatores de risco. “Artrite, reumatismo, diabetes, depressão, medo de cair, defeitos nos passeios públicos e deficiências motoras, entre outros, não devem ser negligenciados”, acrescenta Lopes.
Mais do que o impacto físico, as quedas desencadeiam uma verdadeira cascata de consequências. ” Perda de autonomia, declínio funcional, aumento do risco de complicações e mortalidade, além de prejuízos psicológicos e elevados custos para o sistema de saúde, conclui o Lopes.




