Incontinência fecal em mulheres gera grandes problemas, entenda o assunto pouco abordado

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A incontinência fecal é um problema que afeta diversas mulheres e costuma gerar constrangimento. Associada a incapacidade em controlar os movimentos intestinais, muitas incidências estão relacionadas a lesões obstétricas realizadas durante o parto.

Ainda que seja importante cuidar da saúde e buscar um especialista, mais da metade dos casos não são anunciados, é o que afirma a coloproctologista Glicia Abreu. A causa pode ser congênita ou adquirida. Quando adquirida, resulta de enfermidades localizadas na região anal, de traumas como os provocados por acidentes de trânsito, de cirurgias no períneo, de fissurectomias que podem exigir a secção dos músculos do esfíncter, ou de cirurgias para tratamento de câncer.

Estudos demonstram que apenas 14% das mulheres procuram um profissional de saúde para abordar o problema e, na maioria das vezes, quando há um quadro grave e de longa duração. “Menos de 1/3 discutem sua queixa com seus médicos. Além disso, existem aspectos femininos específicos que podem ser afetados de maneira mais pronunciada pela presença da incontinência fecal”, afirma.

Glícia Abreu detalha que procurar ajuda médica é essencial para que o suporte adequado seja direcionado, uma vez que a condição também afeta o cotidiano da mulher, como isolamento social, diminuição da autoestima, restrição de atividades diárias e necessidade de gerenciamento constante.

Sobre o tratamento, especialistas confirmam que vai depender da gravidade e da causa subjacente a essa condição, sendo a perda fecal inicialmente realiza por dieta, medicações e fisioterapia. Nos casos mais severos, outras medidas são iniciadas.

“Naqueles casos que não respondem a esse tratamento, podemos indicar um procedimento minimamente invasivo chamado de neuromodulação. Esse tratamento consistente no implante de um dispositivo semelhante ao marca-passo a nível das raízes sacrais que emitirá sinais elétricos, estimulando os nervos e promovendo a melhora da continência”, diz Glicia.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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