Caracterizada pela perda involuntária de fezes, a incontinência fecal é uma condição debilitante que atinge 21% da população. Apesar do dado relevante, cerca de 70% dos pacientes que possuem a enfermidade não relatam seus sintomas a profissionais de saúde. Isso leva à conclusão de que a perda fecal pode ser mais frequente do que os dados revelam. A incontinência fecal provoca, além da debilitação física, o isolamento social, constrangimento e, até mesmo, perda de emprego. Além disso, na esfera íntima, a perda fecal afeta relacionamentos e a autoestima das pessoas.
Para aqueles pacientes com incontinência grave e que não respondem às medidas conservadoras, já existem técnicas minimamente invasivas. ”O implante do neuroestimulador é atualmente considerado um tratamento padrão ouro para esses casos mais graves, sendo um procedimento simples e que não necessita de internamento prolongado”, explica a coloproctologista Glicia Abreu.