O hipotireoidismo impacta aproximadamente 18 milhões de brasileiros e 25% dos pacientes diagnosticados afirmam tratar inadequadamente ou até mesmo ignorar a doença. Esses dados são do estudo “Hipotireoidismo em Foco”, envolvendo mais de 2000 pacientes no Brasil – os dados são alarmantes e evidenciam a necessidade do diagnóstico precoce.
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada na parte frontal do pescoço que desempenha um papel vital na regulação de órgãos cruciais do corpo humano, incluindo coração, cérebro, fígado e rins. Além disso, ela é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), essenciais para o equilíbrio do organismo e do metabolismo. Conhecida por suas múltiplas funções benéficas ao organismo, influencia o crescimento, desenvolvimento de crianças e adolescentes, regulação dos ciclos menstruais, fertilidade, manutenção do peso ideal, memória, concentração, humor e controle emocional. Por isso que os dados sugerem um cenário alarmante para a prevenção e o cuidado periódico com a saúde, especialmente entre as mulheres – onde a prevalência da doença é até oito vezes maior em comparação com os homens.
O hipotireoidismo ocorre quando a produção hormonal é insuficiente, resultando no aumento do volume da glândula, conhecido como bócio. Essa condição pode surgir em qualquer fase da vida e, muitas vezes, não é facilmente diagnosticada. Os sintomas do hipotireoidismo costumam incluir o ganho de peso, infertilidade, queda de cabelo, unhas quebradiças, fadiga excessiva, perda de memória, sonolência, cansaço, alterações no humor, pele seca, pés e mãos gelados, prisão de ventre e anemia, são frequentemente interpretados como alterações comuns da rotina. Se a doença não for corretamente tratada, pode gerar redução da performance física e mental do adulto, além de elevar os níveis de colesterol, que aumentam as chances de problemas cardíacos.
Vale ressaltar que o diagnóstico costuma ser realizado após o check-up geral. Em grande parte dos casos, o diagnóstico é confirmado por meio de exames de sangue, que mensuram os níveis do hormônio estimulador da tireoide (TSH) e do hormônio da tireoide (T4). Esses dados sublinham a importância da conscientização sobre os sintomas e a realização regular de avaliações médicas para um diagnóstico precoce e eficaz do hipotireoidismo.