Quase metade dos casos de demência poderiam ser evitados com mudanças em alguns hábitos de vida, aponta um estudo recente publicado pela revista The Lancet. Segundo a pesquisa, existem 14 fatores de risco associados à demência, entre eles, níveis elevados de colesterol, baixo nível educacional, tabagismo, obesidade, poluição do ar e depressão.
Especialistas envolvidos no estudo defendem que prevenir esses fatores de risco é uma estratégia mais eficaz do que investir apenas no desenvolvimento de tratamentos avançados, já que, até o momento, não existe uma cura ou tratamento definitivo para a demência. Eles argumentam que adotar hábitos saudáveis pode reduzir significativamente a incidência da doença.
Entretanto, a publicação gerou controvérsia. Alguns críticos afirmam que o estudo pode dar a impressão de que os pacientes são responsáveis pela própria condição, o que poderia levar a estigmatização. Segundo esses críticos, é importante que a sociedade entenda que a demência é uma condição complexa, influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e sociais.