Estudo conclui que algumas frutas podem aumentar ou diminuir o risco de diabetes em crianças

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Um novo estudo, apresentado na conferência da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (European Association for the Study of Diabetes – EASD), destacou a influência da alimentação na infância para o desenvolvimento do diabetes tipo 1. Realizado na Finlândia, o estudo acompanhou mais de 5.600 crianças com predisposição genética para a doença, monitorando sua dieta desde o nascimento até os seis anos de idade. Os resultados apontaram que certos alimentos podem tanto aumentar quanto reduzir o risco da doença, conforme o consumo durante essa fase inicial da vida.

Entre os alimentos que demonstraram aumentar o risco de diabetes tipo 1 estão a aveia, trigo, produtos lácteos fermentados (como iogurtes) e banana. De acordo com os pesquisadores, essas associações foram observadas independentemente de outros fatores alimentares ou da combinação com outros alimentos consumidos pelas crianças.

Em contrapartida, o estudo mostrou que o consumo de frutas vermelhas, como morangos, framboesas e groselhas negras, pode oferecer proteção contra a doença. Essas frutas são ricas em polifenóis, compostos que têm propriedades anti-inflamatórias e que podem atenuar os processos inflamatórios associados ao diabetes tipo 1. Além disso, vegetais como brócolis, couve-flor e repolho também foram associados a um menor risco de desenvolvimento da doença.

A professora Suvi Virtanen, do Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar e líder do estudo, destacou que as frutas vermelhas, além de seus polifenóis benéficos, podem estar livres de substâncias nocivas, como pesticidas, que podem ser encontrados em outras frutas. Segundo ela, o estudo levanta a hipótese de que a presença de pesticidas em frutas pode influenciar no aumento do risco da doença, mas mais estudos são necessários para confirmar essa relação.

Embora as descobertas sejam promissoras, os pesquisadores alertam que ainda é cedo para recomendar mudanças na dieta infantil com base nesses dados. Virtanen reforça que muitos dos alimentos associados ao aumento do risco, como a aveia e os laticínios fermentados, são considerados saudáveis, e que a interpretação dos resultados deve ser feita com cautela. “É importante replicar esses achados em outros estudos antes de recomendar ajustes alimentares”, afirma a professora.

Tipo 1 e tipo 2

O diabetes tipo 1 é aquele em que o organismo perde sua capacidade de metabolizar a glicose e, geralmente, acomete crianças e adolescentes. Trata-se de uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina

Já o diabetes tipo 2 é caracterizado pela resistência da insulina, se apresenta de maneira gradativa e é mais comum em adultos com hábitos inadequados que resultam no excesso de peso, dislipidemia (gorduras no sangue) e hipertensão.

 

 

*Com informações da CNN Brasil.

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