Um empresário de 42 anos morreu durante uma ressonância magnética do crânio, na cidade de Santos, litoral de São Paulo. No entanto, especialistas reforçam que o procedimento é seguro, com raras exceções de intercorrências e que não levam necessariamente à morte.
Em entrevista ao jornal Correio, o médico Antonio Carlos Matteoni, membro do Departamento de Radiologia do New York University Medical Center e vice-presidente da Federação Mundial de Ultrassonografia, ressaltou a segurança do procedimento, com exceção dos casos em que o paciente possui dispositivos metálicos alocados no corpo.
“O risco mais frequente que pode acontecer é, por exemplo, [haver a presença] de uma placa, mas isso não iria levar à morte,” explicou o médico na entrevista.
De acordo com a família do empresário Fábio, eles receberam a informação de que ele havia sofrido um infarto fulminante, mas o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) considerou o caso como uma “morte suspeita” e pediu que o Instituto Médio Legal (IML) fizesse a necropsia. Embora ainda não haja um laudo concreto, o Matteoni sugere a possibilidade de uma reação à claustrofobia.
“Esse paciente ele pode ter tido um infarto em decorrência da claustrofobia e levou a uma parada cardiorrespiratória”, diz. “É bem provável que talvez a claustrofobia possa ter levado a um infarto ou que ele não tenha tido a claustrofobia e foi apenas uma coincidência. A ressonância magnética em si, seguramente, não tem nada a ver com o óbito dele”, defende.
Com informações do Correio*.