Samya Bucar, uma estudante de medicina de 22 anos, morreu nesta quarta-feira em Goiás após passar um mês internada por conta de um tromboembolismo pulmonar. Ela chegou a ter sete paradas cardíacas no dia em que foi internada e não tinha nenhuma doença ou fator de risco preexistente.
O que é tromboembolismo pulmonar?
O tromboembolismo pulmonar (TEP), ou embolia pulmonar, é quando um trombo (o mesmo que um coágulo) obstrui os vasos pulmonares e faz com que o sangue não chegue a uma das partes do pulmão.
Geralmente, o coágulo não é formado nas vias respiratórias, mas em outra veia do corpo – especialmente nos membros inferiores – e se desprende, seguindo pela circulação sanguínea até os pulmões.
O médico Danilo Klein, do Hospital Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), contou ao GLOBO que quando o trombo ainda está na perna, é possível dissolver o coágulo apenas com remédios anticoagulantes, mas no pulmão o quadro clínico se torna grave.
Quais são os sintomas?
Falta de ar, taquicardia, insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca são alguns dos sintomas da tromboembolia pulmonar.
Fatores de risco
Como a principal causa do tromboembolismo pulmonar é a trombose, os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença estão relacionados a condições que podem levar a distúrbios de coagulação do sangue, como o tabagismo, uso de anticoncepcionais orais, estar tratando um câncer, obesidade, ficar parado por muito tempo na mesma posição e a presença de varizes. Segundo médicos, a doença costuma ser incomum em jovens.
Como é o tratamento?
O tratamento precisa ser feito em ambiente hospitalar, e envolve a administração de oxigênio, analgésicos para controlar a dor e anticoagulantes para evitar o desenvolvimento de coágulos existentes e impedir a formação de novos. Em casos muito graves, pode ser necessária uma cirurgia de emergência para remover o trombo.
Como evitar a doença?
Médicos recomendam manter um estilo de vida saudável e, caso seja necessário ficar de cama por algum tempo (devido a uma cirurgia ou incapacidade física), é preciso tomar cuidado redobrado, tentando mover os membros inferiores, para que não haja imobilidade dos órgãos.
Fonte: O Globo