Dados do Ministério da Saúde publicados em 2023 apontam que cerca de 40% dos brasileiros que já passaram dos 50 anos convivem com algum tipo de dor crônica. A maior incidência está entre as mulheres, pessoas de baixa renda e aqueles com diagnóstico para artrite, dor nas costas/coluna, sintomas depressivos e com histórico de quedas e hospitalizações.
O assunto será tema de simpósio, neste sábado(25), no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, com a presença de diversos especialistas. Recentemente, a unidade, que acolhe pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) implantou a Clínica da Dor, coordenada pelo médico especialista Túlio Alves.
De agosto de 2023 até março deste ano, o serviço já realizou 400 consultas e mais de 120 procedimentos como bloqueio periférico e peridural.
O I Simpósio da Dor ocorre das 8 às 17 horas, no auditório 2 do prédio anexo ao HGRS. Organizado pela equipe da Clinica da Dor, o evento conta com uma programação extensa, que vai tratar de temas como: fibromialgia e as dores; abordagem sistemáticas da cefaleias; síndrome da dor complexa regional; derivados canabinóides na dor crónica; farmacologia inteligente na dor da coluna; abordagens fisioterapêuticas com evidencia científica na dor crônica; procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, dentre outros.
O coordenador da clínica, Túlio Alves, destaca que, no caso das dores crônicas é necessário adotar tratamentos adequados, direcionados de acordo com o diagnóstico de cada paciente, fazendo com que ele tenha uma melhor qualidade de vida.
Mas ele destaca que é possível envelhecer sem dor ou com dor controlada, para isso é necessário atividade física, boa alimentação, controle da obesidade, dentre outros.
No entanto, ele lembra que a dor aguda é uma resposta fisiológica do organismo, um indicativo que algo não vai bem.