Doença transmitida por gatos, a esporotricose tem se tornado uma preocupação crescente para a saúde humana e animal no Brasil, disseminando de forma descontrolada – aponta os estudos do Instituto Nacional de Infectologia (INI) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A doença não integra a lista de notificação obrigatória do Ministério da Saúde e acaba causando o desconhecimento de dados na maioria dos estados brasileiros. Em nota oficial, o Ministério da Saúde indica que, mesmo sem um sistema oficial de registro dos casos, dados de consumo dos medicamentos para o tratamento do problema tem crescido significativamente.
Só na Bahia, conforme a Secretaria de Saúde do Estado, 492 casos já foram registrados até o mês de setembro. No ano passado, 402 diagnósticos foram registrados até dezembro. Vale ressaltar que também há registros de formas graves da doença com disseminação para outros locais do organismo.
A esporotricose é um fungo que afeta a pele e os tecidos subcutâneos. Originalmente chamado de Sporothrix spp, o agente causador é geralmente encontrado em solos contaminados, vegetação em decomposição e materiais orgânicos, lugares que os pets costumam passear com facilidade. A transmissão ocorre quando a pessoa ou animal entra em contato com o fungo através de arranhões, cortes ou feridas na pele, além de objetos contaminados.
Ainda não há vacina para a esporotricose no Brasil, por isso a importância em manter certos cuidados para evitar a contaminação. Evitar o contato direto com animais doentes, principalmente gatos, impedi-los de ir à rua sozinho, além de usar luvas ao lidar com solo e material orgânico é muto importante, também mantendo a higiene adequada sempre que preciso.