A demência frontotemporal (DFT), que faz parte de um grupo de demências, é uma doença que afeta as regiões frontais e temporais do cérebro. Sendo uma condição progressiva que afeta principalmente as funções cognitivas e comportamentais do indivíduo, o assunto ganhou mais evidência após o jornalista Maurício Kubrusly ter sido diagnosticado com o distúrbio.
Especialistas afirmam que A DFT é ocasionada pela degeneração das células nervosas nas áreas do cérebro com o envolvimento da proteína tau, levando a uma deterioração das funções cognitivas, como a memória, a comunicação, tomada de decisão e percepções sobre as coisas. Este tipo de demência também pode levar a mudanças no comportamento, como falta de inibição, perda de empatia e interesse reduzido em atividades sociais. Dessa forma, diversas pessoas também conhecem como a “doença da gafe”, com sintomas que não indicam se tratar de uma doença, mas apenas um “desvio” comportamental do paciente, necessitando ter cuidado.
Estudos indicam que é comum pessoas com menos de 60 anos herdarem essa doença, geralmente aparecendo com 45 até 64 anos. As pessoas com DFT normalmente vivem de seis a oito anos com essa condição, de acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento dos EUA. Estima-se que entre 10% a 30% dos casos são hereditários. Além da genética, ainda não há outros fatores de risco conhecidos, embora pesquisadores da saúde estudem alguma relação entre a tireoide e insulina no desempenho no início da doença.
Uma nuance ainda pouco conhecida, a incidência exata de demência frontotemporal na população não é bem específica, mas estima-se que o distúrbio seja responsável por cerca de 5% a 15% de todos os casos de demência. A DFT é relativamente rara em comparação com outras formas de demência, como o Alzheimer.