As investigações da Polícia Federal indicam que dois diretores e o procurador-geral do INSS receberam milhões de reais para manter as fraudes que vitimaram aposentados e pensionistas.
A Polícia Federal afirmou à Justiça que a cúpula do INSS, presidida por Alessandro Stefanutto, tomou medidas práticas para garantir a manutenção dos desvios e, em troca, segundo a PF, recebeu propina do esquema criminoso. Com base no relatório, Stefanutto e cinco servidores foram afastados na semana passada.
O relatório aponta que os descontos irregulares dos aposentados começaram em 2019. Segundo os investigadores, três dirigentes afastados estão envolvidos diretamente na aprovação dos descontos sem o consentimento dos aposentados: o então procurador-geral do INSS, Virgílio de Oliveira Filho; o ex-diretor de Benefícios, André Paulo Fidelis; e o ex-diretor de Governança, Alexandre Guimarães. Juntos, eles teriam recebido pelo menos R$ 17 milhões do esquema desde 2022 até 2024.
De acordo com a PF, o esquema funcionava assim: lobistas e operadores financeiros recebiam dinheiro das entidades investigadas. Usavam empresas de fachada para lavar os recursos e repassavam para empresas e familiares dos servidores. A PF aponta como principal operador o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido, segundo a própria polícia, como Careca do INSS. Ao menos quatro empresas dele estariam envolvidas nas fraudes.
Colaboração do JN
Foto: Jornal Nacional/ Reprodução




