Conheça a otosclerose, doença que tirou 60% da audição de Adriane Galisteu

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Em recente entrevista ao podcast PodCringe, a apresentadora Adriane Galisteu revelou que já deve ter perdido 60% da audição por causa de uma doença pouco comum: a otosclerose. Apesar de ter sido diagnosticada há pouco tempo, os primeiros sintomas começaram a surgir há mais de 10 anos.

Mas, afinal, o que é exatamente essa doença?

A otosclerose é uma doença caracterizada por um enrijecimento do tecido ósseo no ouvido e pode causar, além da perda auditiva gradual, tontura e zumbido no ouvido.

A condição, que compromete a transmissão do som até o cérebro, é explicada pelo médico otorrinolaringologista Luciano Gregório, do Hospital Israelita Albert Einstein. Segundo ele, o processo auditivo envolve a vibração do tímpano, seguida pela movimentação de uma cadeia de pequenos ossos que conduzem o som até a cóclea. Na otosclerose, forma-se uma placa óssea que impede essa vibração normal, resultando em perda auditiva.

Outros sintomas podem aparecer, como revelou Adriane Galisteu. Ela comentou que já chegou a perder o equilíbrio e que, frequentemente, ouve um som semelhante a um “apito” constante. “Você não se acostuma nunca com isso”, disse a apresentadora, expressando a dificuldade de conviver com esses sintomas, que muitas vezes afetam a qualidade de vida dos pacientes.

O diagnóstico da otosclerose é realizado por meio de exames de audiometria. Embora a medicina estude essa condição há bastante tempo, ainda não há um consenso sobre a causa exata. Luciano Gregório explica que algumas teorias sugerem que a otosclerose pode ser uma doença autoimune, enquanto outras apontam para uma predisposição genética ou infecções virais como possíveis gatilhos. Fatores metabólicos e alterações nos tecidos auditivos também estão entre as hipóteses levantadas para explicar o surgimento da doença.

Apesar da gravidade da condição, existem tratamentos disponíveis. Galisteu, no entanto, afirmou que ainda não encontrou uma solução efetiva. Segundo o especialista, há opções de tratamento que vão desde medicamentos para reduzir a densidade mineral do osso, passando pelo uso de aparelhos auditivos, até cirurgias. “Os aparelhos auditivos são muito bons. Se há perdas em (sons) graves ou agudos, eles conseguem, de alguma maneira, personalizar qual a frequência que o paciente não está escutando e qual a intensidade que ele precisa. Então, fica bem preciso”, diz o médico.

Entre as opções cirúrgicas, destaca-se a estapedotomia, um procedimento que envolve a remoção do osso endurecido e a sua substituição por uma prótese. Essa cirurgia, segundo Gregório, é bastante comum e pode restaurar a audição normal dos pacientes. No entanto, a intervenção não é isenta de riscos, como a possibilidade de a prótese se deslocar, o que poderia resultar em perda auditiva ou outras complicações, como tonturas severas.

Um aspecto interessante da otosclerose é que a doença afeta mais mulheres do que homens. Segundo o otorrinolaringologista, a proporção é de três mulheres acometidas pela condição para cada homem. Além disso, o surgimento da otosclerose costuma ocorrer durante a fase adulta, impactando uma fase da vida em que a qualidade auditiva é fundamental para diversas atividades do dia a dia.

 

 

*Com informações da CNN Brasil.

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