Tem sido cada vez mais frequente denúncias de médicos que abusam de seus pacientes. O caso mais recente aconteceu com o ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, 71 anos, em Salvador. Conforme novos relatos das vítimas, o médico aproveitaria o momento da consulta para praticar o crime contra as mulheres. Já foram registrados no Conselho Regional de Medicina (Cremeb) 05 denúncias contra ele. Lastimável constatar que justo um médico, profissional vocacionado para salvar vidas, curar e acolher pacientes em suas mais íntimas dores e vulnerabilidades, infrija a ética médica e viole a integridade física de seus pacientes.
O Cremeb já se manifestou e, em virtude da disposição prevista no Código de Processo Ético-Profissional, esclarece que todos os processos na autarquia federal tramitam em sigilo processual e, havendo sanções públicas transitadas em julgado, serão disponibilizadas para conhecimento da sociedade.
As vítimas e seus familiares clamam por Justiça. A sociedade repudia
veementemente tais atos abomináveis. O Cremeb deve ser célere e “punir na própria carne”. O Ministério Público e a Polícia Civil também precisam agir com rapidez. O exemplo precisa ser dado à classe médica e aos futuros médicos para que outros pacientes não sejam vítimas de profissionais inescrupulosos.
