Depressão, ansiedade e distúrbios comportamentais estão entre as principais causas de doenças e incapacidades entre os adolescentes. Em todo o mundo, um em cada sete jovens de 10 a 19 anos enfrenta algum transtorno mental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O período de rápido crescimento e desenvolvimento faz com que a infância e a adolescência se tornem fases críticas para a saúde mental. As habilidades cognitivas, sociais e emocionais adquiridas nessa fase da vida podem moldar a saúde mental dos indivíduos na fase adulta.
A falta de atenção e cuidado com condições mentais nessa faixa etária pode levar a prejuízos futuros, incluindo limitações a uma vida plena. De acordo com a OMS, a qualidade do ambiente onde as crianças e os adolescentes crescem determina o seu bem-estar e desenvolvimento. Além disso, experiências negativas precoces em casa, no ambiente escolar ou espaços digitais, como exposição à violência, bullying e pobreza, aumentam o risco de transtornos mentais.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que os médicos pediatras investiguem questões relacionadas ao quadro comportamental e emocional da criança e adolescente. As consultas devem incluir conversas sobre estado de humor e sentimentos, além da observação de possíveis rotinas inadequadas ou de indicativos de estresse tóxico. O diagnóstico da depressão deve ser realizado por profissionais especializados. Nesse contexto, os médicos devem considerar cinco ou mais sintomas, são eles: perda ou ganho de peso acentuado sem relação com dietas, insônia ou sonolência excessiva, agitação ou lentidão motora, fadiga e perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada, capacidade diminuída de pensar ou de concentração, além de indecisão, pensamentos de morte recorrentes, ideação suicida (pensar ou planejar a própria morte).
Fonte: CNN Brasil
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