Os medicamentos já estão disponíveis, mas um problema de agilidade por parte do Ministério da Saúde impediu um avanço importante para tratamento ao câncer de mama pelo SUS.
Falta apenas a publicação do novo PCDT (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas), o qual a ministra da Saúde, Nísia Trindade, havia confirmado a publicação em novembro. No entanto, isso não aconteceu.
O PCDT é um documento técnico-científico que define as melhores práticas para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de uma doença. O novo PCDT do câncer de mama traz atualizações sobre o manejo da doença no país, como a disponibilização dos inibidores de ciclina (abemaciclibe, palbociclibe e succinato de ribociclibe), incorporados pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) em dezembro de 2021.
Esse medicamentos são usados para tratamento de pacientes com câncer de mama metastático hormonal e HER2 positivo, o mais comum no Brasil. Na saúde suplementar, eles já são disponibilizados, por isso, mulheres atendidas na rede privada podem viver mais que as tratadas no sistema público. A mudança dessa realidade está nas mãos, agora, do poder público.