Casos na Maternidade Albert Sabin precisam de celeridade nas investigações, defende Conselho de Saúde

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O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) cobrou mais rigor e celeridade nas investigações sobre os casos registrados na maternidade Albert Sabin em menos de 30 dias. O mais recente aconteceu na última sexta-feira (29), após uma gestante e o seu bebê faleceram durante o parto.

Kevelli Barbosa de 22 anos e sua filha morreram após serem induzidas a um parto normal. No entanto, segundo familiares das vítimas, Barbosa tinha indicação para parto cesárea, já que era hipertensa.

No entanto, os profissionais mantiveram o procedimento de parto normal. A médica informou que a criança nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço. A bebê chegou a ser reanimada mas não resistiu e foi a óbito. Depois da morte da bebê, Kevelli apresentou complicações e foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde também não resistiu.

O CES-BA divulgou nota, solicitando à Corregedoria do Estado e ao Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), uma investigação mais rigorosa. Segundo o presidente da entidade, Marcos Gêmeos, não pode ocorrer outras situações deste tipo na Maternidade Albert Sabin, e nem em nenhuma maternidade.

“Não podemos demonizar os serviços públicos. O Sistema Único de Saúde também tem excelência em diversos aspectos, mas é um fato que as apurações precisam ser feitas e mudanças precisam ser instaladas para garantir que a insegurança e a falta de humanização não sejam naturalizada”.

O Conselho reforça a importância de medidas para combater a violência obstétrica e negligências médicas, desde políticas públicas, capacitação profissional, fortalecimento de direitos das gestantes e conscientização social.

É essencial garantir o cumprimento das leis já existentes, como a Lei do Acompanhante (Lei nº 11.108/2005), que assegura às mulheres o direito de terem um acompanhante de sua escolha durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.

Além disso, é importante que políticas como a Rede Cegonha, voltadas para a humanização do atendimento, sejam efetivamente aplicadas, com supervisão regular dos serviços prestados.

 

Outro ponto fundamental é a capacitação contínua dos profissionais de saúde, promovendo a atualização técnica baseada em evidências científicas e a sensibilização para o impacto da violência obstétrica na saúde das mulheres.

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