Casos de hepatite A crescem 400% na Bahia entre 2021 e 2025

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A Bahia tem registrado uma mudança significativa no perfil das pessoas contaminadas por hepatites virais nos últimos cinco anos, com aumento expressivo nos casos confirmados e óbitos, especialmente entre adultos jovens. Segundo dados mais recentes da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), entre 2021 e 2025, os casos de hepatite A cresceram 400%, passando de 13 casos em todo o ano de 2021 para 65 confirmações nos sete primeiros meses de 2025.

A maioria das infecções foi registrada em pessoas entre 20 e 39 anos, faixa etária que passou a ser incluída nas campanhas de vacinação após surtos identificados pelo Ministério da Saúde em 2024. De acordo com a pasta, a mudança no perfil de contaminação está associada ao aumento das relações sexuais sem proteção.

A hepatite A é causada por vírus transmitido principalmente pela via fecal-oral, relacionada a condições inadequadas de higiene e saneamento, além da transmissão sexual.

No período entre 2021 e 2025, a Bahia registrou 200 casos de hepatite A, com oito mortes confirmadas. Em relação às hepatites B e C, que apresentam maior potencial para cronicidade, os números também preocupam quanto à letalidade. Foram contabilizados 3.064 casos de hepatite B, com 12 mortes, e 3.238 casos de hepatite C, com 17 óbitos.

Embora os casos de hepatites B e C estejam em queda desde 2023, os efeitos das infecções crônicas continuam causando desfechos graves entre os pacientes.

No cenário nacional, o Brasil registrou mais de 34 mil casos de hepatites virais em 2024, com aproximadamente 1.100 mortes relacionadas. O país enfrenta desafios para conter a disseminação dos vírus B e C, que podem permanecer assintomáticos por anos, evoluindo para cirrose ou câncer de fígado.

Apesar dos avanços, como a vacinação contra hepatite A em crianças e o acesso ampliado a antivirais para hepatite C, a ausência de vacina para hepatite C e a falta de imunização para adultos contra hepatite A representam obstáculos importantes. No ano passado, quase 20 mil novos casos de hepatite C foram registrados, resultando em 752 mortes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como meta global reduzir em 90% a incidência das hepatites B e C e em 65% a mortalidade até 2030.

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