“Quer emagrecer? Fecha a boca”. Todo mundo que já passou pelo processo de tentar emagrecer já deve ter ouvido esse “conselho”. Mas sabemos que não é bem assim. Aliás, não existe uma equação mágica padrão (X minutos de exercício por dia + proteína Y com duas colheres de carboidrato Z e muito verde + dois litros de água + whey protein) para quem está nessa luta contra a balança.
Tem quem ache que as canetas injetáveis, como Ozempic e Saxenda, são uma boa opção para a perda de peso. No entanto, elas não são emagrecedoras e não são para todo mundo! Esses medicamentos são indicados para o tratamento de duas doenças crônicas (obesidade e diabetes tipo 2) e só devem ser usados sob orientação médica. Além disso, podem ter efeitos colaterais, como diarreia e constipação.
➡️ Para quem só quiser eliminar “uns quilinhos”, vale a máxima: reavaliar os hábitos e mudar o estilo de vida, se necessário.
(Esta reportagem faz parte de uma série do g1 sobre as canetas injetáveis para obesidade e diabetes tipo 2 para explicar como agem e quais os riscos, e para quem são recomendadas; além de revelar quando o Wegovy será vendido no Brasil. Também traz relatos de quem fez uso do medicamento.)
Cada vez mais os processos estão individualizados e o que serve para uma pessoa não necessariamente servirá para outra. Isso vale para medicamentos, dietas, suplementação e até determinados tipos de exercício.
Apesar de não existir fórmula e de cada corpo ser um corpo, algumas atitudes colaboram para uma vida mais saudável:
- Dormir bem e ter um sono restaurador, de qualidade (leia aqui como calcular o tempo certo do sono reparador);
- Manter uma alimentação equilibrada, contemplando todos os grupos alimentares (carboidrato, proteína, frutas, verduras, legumes, gorduras boas);
- Fazer exercício físico regularmente (força e cardio);
- Ter controle emocional e gerenciar o estresse;
- Beber água (acesse aqui a calculadora da água e descubra quanto você deve beber por dia);
- Ter atividades de lazer.
Genéticas x fatores externos
Também é preciso lembrar que alguns fatores colaboram para o ganho ou perda de peso, como a genética, aspectos sociais e ambientais.
“A genética tem bastante influência, mas também existem os fatores externos. Por exemplo, dois irmãos gêmeos, mesmo DNA: um mora perto de vários fast foods e outro em uma tribo isolada. Um come muito e o outro quase nada. Nesse caso,engordar ou emagrecer vai depender do estilo de vida“, explica o médico do esporte Fabrício Buzatto, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).
Influência das redes sociais
E se você quer emagrecer com saúde e qualidade, vai a dica de ouro dos especialistas:
Não se espelhe em “musas do Instagram”.
Muitas delas trabalham com a imagem, tem toda uma estrutura de cuidados, alguém que prepara a comida, um treinador pessoal, procedimentos estéticos (e até cirúrgicos). E algumas até usam aplicativos para “retocar” a foto, como o photoshop.
Luna Azevedo lembra que não devemos romantizar a vida da musa de rede social.
“Por trás daquela vida pode ter transtorno alimentar, dificuldades com aceitação e com a imagem corporal. Não devemos nos espelhar na vida de ninguém. Esse excesso de cobrança estética e visual tem adoecido adolescentes”, diz.
A orientação dela é seguir a “vida de forma simples”: “Faça o básico, caminhe ou corra ao ar livre, não precisa de dinheiro, só precisa tentar se organizar um pouco. Assim como precisamos dormir, escovar os dentes, podemos tentar colocar o exercício na rotina”.