O Instituo Nacional do Câncer (Inca) estima que o Brasil deve ter cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama para o triênio 2023 a 2025. Esse é o segundo mais comum nas mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Em entrevista à CNN Brasil, o diretor de oncologia do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, Artur Katz, alertou que a estimativa é de que uma em cada oito mulheres possa desenvolver câncer de mama ao longo da vida.
Ele explicou que nem sempre é possível saber a origem da doença. “Em cerca de 5 a 10% dos casos, existe um componente hereditário, ou seja, a pessoa herda uma mutação que a predispõe ao desenvolvimento do câncer de mama. Mas em 85 a 90% dos casos, nós não somos capazes de identificar com clareza qual é a causa da doença”, diz Katz.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, estão o tabagismo durante a adolescência, período em que as mamas são formadas, a obesidade e o sedentarismo. Além disso, de acordo com o oncologista, mulheres que nunca engravidaram e que nunca amamentaram também possuem maior risco para o tumor.
A prevenção é sempre o melhor remédio. Os os especialistas defendem sempre a importância de adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos, e realizar regulamente dos exames de preventivos.
O tratamento, por sua vez, é feito de forma individualizada. Também entrevistada pela CNN, Fernanda Barbosa, mastologista Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) pontuou que o tratamento, cada vez mais, é baseado no subtipo. “A gente tem praticamente quatro tipos de câncer de mama. Dependendo do tipo do câncer e do estadiamento, essa paciente vai receber uma modalidade de tratamento específica, seja ela cirurgia, remédio, ou radioterapia”, diz Barbosa.