O câncer de intestino já é um dos tipos mais frequentes entre os brasileiros, com crescimento silencioso e sintomas muitas vezes desprezados. Em entrevista a TV Brasil, a médica Lúcia Oliveira chama atenção para a importância de reconhecer os primeiros sinais e adotar medidas preventivas o quanto antes.
Entre os sintomas mais comuns, sangue nas fezes é frequentemente confundido com problemas como hemorroidas. No entanto, essa ocorrência deve ser investigada com urgência, principalmente se vier acompanhada de dor abdominal, perda de peso inexplicada e mudanças no hábito intestinal, como diarreia ou prisão de ventre frequentes.
Para a médica, a colonoscopia a partir dos 50 anos, ou antes, se houver histórico familiar, é uma medida essencial. O exame detecta lesões e pólipos antes que eles evoluam para um câncer. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura.
A rotina alimentar também tem impacto direto no risco da doença. Alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, devem estar no prato diariamente. Reduzir o consumo de carnes processadas, como embutidos e bacon, além de evitar excesso de álcool e cigarro, são medidas eficazes recomendadas por especialistas.
Apesar da genética ser um ponto de atenção, pessoas com doenças inflamatórias intestinais crônicas, como retocolite ulcerativa ou Doença de Crohn, também estão em grupos de risco. Para esses casos, a prevenção deve começar cedo, com acompanhamento médico contínuo e exames periódicos.
A médica ainda reforça que esperar os sintomas piorarem pode custar a vida. O câncer colorretal, quando identificado no início, tem taxas de cura acima de 90%. Por isso, é essencial ouvir o próprio corpo e não adiar a busca por ajuda médica.
