O câncer de cabeça e pescoço é um dos tumores mais frequentes no mundo, abrangendo um conjunto diverso de crescimentos celulares anormais que se desenvolvem em áreas essenciais do corpo. A primeira identificação histórica desse tipo de câncer ocorreu em 1932, na mandíbula de Kanam, pelo arqueólogo Louis Leakey.
Esses tumores podem surgir no início do trato digestório, incluindo boca e garganta, ou no trato respiratório, afetando cavidade nasal, rinofaringe, laringe, seios da face e glândulas salivares. A diversidade dos locais requer atenção especial para a detecção precoce.
De acordo com dados do Centro Global do Câncer (Globocan), do Observatório Global do Câncer e da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), são registrados anualmente cerca de 900 mil casos no mundo, que resultam em aproximadamente 500 mil mortes.
No Brasil, o câncer de cabeça e pescoço é o sétimo tipo mais comum, com maior incidência entre homens, apresentando números comparáveis aos do câncer de pulmão. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para 2025 é de cerca de 41 mil novos casos por ano, a maioria diagnosticada em estágios avançados, o que dificulta o tratamento e piora o prognóstico.
Prevenção e sintomas
A prevenção é considerada a principal estratégia para combater a doença. Entre as recomendações estão evitar o consumo de tabaco, não ingerir bebidas alcoólicas em excesso e reduzir a exposição ao vírus do papiloma humano (HPV), que pode estar associado a alguns tipos do câncer.
O diagnóstico tardio pode levar a tratamentos menos eficazes e aumentar o risco de sequelas, como dificuldades na alimentação, comprometimento da voz e mutilações, o que impacta diretamente na qualidade de vida dos pacientes.
A conscientização sobre os sintomas e o acesso ao diagnóstico precoce são essenciais para melhorar as chances de cura e minimizar os danos causados pela doença.
