Uma intensa massa de ar quente está gerando um considerável aumento nas temperaturas em vastas áreas do Brasil. Conforme indicado pela empresa de meteorologia MetSul, as projeções para esta semana e a próxima sugerem que as temperaturas devem superar significativamente as médias históricas de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país, apresentando um potencial elevado para estabelecimento de novos recordes.
Na Bahia, conforme divulgado no boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), municípios como Coco, Coribe, Correntina, Feira da Mata, Luiu, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Malhada e São Desidério serão diretamente impactados. As temperaturas estão projetadas para exceder 5ºC acima da média, o que aumenta o risco à saúde, resultando em alertas de perigo. O calor excessivo é atribuído a uma onda de calor, fenômeno comum nesta época do ano à medida que o verão se aproxima, mas que tem sido intensificado pelo El Niño, ocasionando o aquecimento das águas dos oceanos.
Na semana anterior, cientistas do Instituto Copernicus fizeram o anúncio de que 2023 possivelmente será o ano mais quente em 125 mil anos. O mês de outubro registrou as temperaturas mais elevadas globalmente nesse período, com uma média de 15,30°C na superfície, 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,40°C superior ao recorde anterior estabelecido em 2019. Embora algumas regiões do Brasil estejam familiarizadas com elevadas temperaturas em novembro, e a população brasileira geralmente seja mais adaptada ao calor em comparação com seus homólogos europeus que enfrentaram desafios semelhantes nos últimos meses, a situação é notavelmente perigosa devido à sua extrema intensidade.
A desidratação surge como uma das consequências mais imediatas do calor extremo. À medida que a transpiração se intensifica para controlar a temperatura corporal, a perda de líquidos aumenta de forma significativa. A ausência de uma hidratação adequada pode acarretar em sintomas como tonturas, fraqueza e dores de cabeça. Em situações extremas, pode evoluir para complicações mais sérias, incluindo insuficiência orgânica, exaustão, insolação e elevação da pressão arterial.