Em 2024, o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 30 mil transplantes de órgãos e tecidos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (4). Ao todo, foram realizados 30.600 procedimentos, com o Sistema Único de Saúde (SUS) respondendo por cerca de 85% das intervenções e investindo R$ 1,47 bilhão na área.
Os transplantes mais realizados foram de rim (42.838), córnea (32.349) e fígado (2.387). Já os órgãos efetivamente transplantados em maior quantidade incluem a córnea (17.107), rim (6.320), medula óssea (3.743) e fígado (2.454).
O crescimento é atribuído à incorporação de novas tecnologias e à ampliação do acesso aos procedimentos em diversas regiões do país. Uma inovação destacada pelo Ministério é a Prova Cruzada Virtual, que permite a avaliação dos dados imunológicos dos pacientes sem necessidade de contato direto, acelerando o processo de compatibilidade.
Apesar dos avanços, a recusa das famílias ainda é um entrave importante: em 2024, 45% dos pedidos de doação de órgãos foram recusados pelos parentes. Para minimizar esse impacto, o governo lançou o Programa Nacional de Qualidade em Doação para Transplantes (ProDOT), com foco na capacitação das equipes responsáveis pelo acolhimento das famílias.
O Ministério da Saúde reforça o compromisso com a modernização do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) para garantir maior eficiência e segurança aos pacientes que aguardam por um órgão.
